quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O Guardador das Rotas e das Rótulas – I

Como e para que serve Portugal?


Na eminência constante da desordem do mundo, importa entender os sinais. Atender aos sinais e às suas expressões não levará também a entender toda a expressão dos corpos, a saber ler os caracteres que os constituem, isolados ou agrupados? Assim parece vislumbrar-se o caminho para o conhecimento do que condiciona e favorece a relação entre dois meios. Procuremos pois descobrir os mecanismos de equilíbrio no contacto entre duas inércias; no trânsito da vida, firme-se o ritmo das estruturas ligando os pólos e garantindo as permeabilidades; com o sentido da verdade, demandemos então o verso e o reverso daquilo que nos indica o caminho.

Atender às grandes questões que potenciam o ordenamento do território, face aos desafios internacionais emergentes, torna pertinente e urgente a dedicação, o estudo e a actuação em torno da importância da logística na definição dos fluxos e dos estabelecimentos que caracterizam a vida que do homem pende. Neste sentido, a conformação do orbe e da urbe reflecte a atitude de defesa, e ataque, perante potenciais reordenadores e desordenadores. Essa atitude tem suas expressões nos elementos físicos definidores de espaços e condicionados pelos tempos.

Não foi no povo português que, por circunstâncias diversas, convergiram os conhecimentos das estrelas dos céus, e das marés, e das correntes dos mares, e das formas da terra e dos ventos dominantes, e a quem, então, coube a responsabilidade de promover um novo desenho de rotas que abriria uma nova escala de relações entre todos os povos da terra? Neste sentido, fiéis à civilização que a tradição nos lega, se procurarmos entender as características das charneiras ordenadoras do novo desenho global, as polaridades dos novos rumos e os nexos dos novos fluxos, actuando, depois, em conformidade, não estaremos a contribuir para que Portugal permaneça actual e responsável, servindo no concerto das nações?

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