
Aprendemos com os filósofos que nada há sem pensamento. Seguindo a sua aula, diríamos que a compreensão dos factos históricos só adquire sentido entendendo o pensamento que os motivou, ou seja: a filosofia da história.
A expressão do pensamento tem lugar no tempo e no espaço, sendo condicionada pela circunstância física que então dispõe, adquirindo então a forma que lhe é mais adequada. É através do entendimento e conhecimento razoável das notas caracterizadoras da forma disponível, que o pensamento que lhe é próprio se dá a saber. Deste modo, o entendimento da forma disponível requer a necessidade de estudo rigoroso e objectivo dessa circunstância que condiciona e abriga o pensamento que lhe é próprio, quer-se dizer: a ecologia.
À obra que é expressão do pensamento humano chamamos Arte. É no que estabelece a relação entre a obra artística e o pensamento que lhe é próprio que reside a regra, ou o cânone, dessa mesma obra. Assim, identificando-se a forma disponível com a obra artística, o estudo das suas notas caracterizadoras, ou seja, a sua Ecologia, desperta-nos a simpatia pelas razões criacionistas e o conhecimento da sua existência, e revela-nos o cânone que lhe é próprio.
Seguindo o acima exposto, para que se retirem novos de velhos tesouros, e se dê sentido actual ao património de um povo, importa estudar e actuar firmados no trinómio constituído pela filosofia da história, a ecologia e os cânones artísticos que consubstanciam a existência desse mesmo povo.
A actualização e o sentido da existência da ponte de comando do Portugal dos portos, requer o exercício urgente sobre a filosofia da história que lhe dá o sentido, o descobrimento da ecologia que potencia o seu lugar no concerto das nações e a aplicação dos cânones que são próprios e adequados ao desígnio que importa seguir – guardar as rotas e as rótulas pelas quais passam as novidades que garantem a comunhão entre todos os entes e todas as coisas do mundo.
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